domingo, 4 de outubro de 2009

comentário sobre o tema do autor David Larsen: Anatomia da pregação

Neste livro, o pastor e professor David L. Larsen defende a importância da pregação bíblica em meio ao pós-modernismo existente em nossa sociedade contemporânea. Segundo Larsen, a igreja cresce e diminui por causa da pregação. Na maior parte do texto ele analisa os principais aspectos do desenvolvimento sermonário e propõe dicas relevantes para um aperfeiçoamento da mais fina arte, como ele mesmo define a ato de pregar o evangelho.
A pergunta do autor que intitula o texto é oriunda de vários questionamentos que surgem quanto a necessidade de uma pregação, a pregação tem futuro? Ele mesmo recita que “os críticos dizem que todo esse esforço é um desperdício de recursos humanos”, e realmente podemos confirmar se olharmos para toda uma tecnologia que obtemos no século XXI, utilizamos de vários recursos nos meios de comunicação e que são imprescindíveis para acompanhar e fazer chegar a mensagem das escrituras sagradas aos mais distantes dos povos que escolhemos como alvo, salvo os que não gozam destas condições contemporânea de se relacionar, e olha que para fazer chegar ao seu destino desejado não é presciso ser nenhum convertido ao cristianismo propriamente dito (que é o nosso caso), apenas ter uma habilidade tecnológica informatizada.
Ele apresenta questionamentos para sustentação da necessidade do sermão utilizando a árvore genealógica de toda uma história de pregação e as formas empregadas nas religiões desde o princípio, o problema é exatamente quando ele tráz para a modernidade toda a elaboração dos textos para discursão onde ocorre aí o ocultamento por parte de alguns pregadores em apresentar a verdadeira história social, política, geográfica e cultural de um povo que viveu a séculos passados sendo adicionados a uma outra realidade, não esquecendo como ele mesmo coloca que o próprio cristianismo já sofreu influências do judaismo e do islamismo, percebe-se ai que já começamos sem ter uma verdadeira identidade. Então o que passar nos sermões, a mensagem de qual Cristo?
O autor caracteriza o sermão como dado por Deus para instrução e a inspiração de seu povo e para propagação do evangelho, posso considerar todo sermão divino ao utilizar as mesmas palavras do autor “Deus nos criou com capacidade de pensar, ouvir e falar, assim como Ele, fazendo-nos sua imagem e semelhança”, mas já não posso utilizar a mesma caracteristica se analisarmos os textos que são apresentados, e que claramente demonstram uma interpolação e interpretação exegética pessoal para determinados fins de quem dirige o sermão, neste caso posso intitular de sermão culturalmente moldado (grifo meu).
Sabiamente Larsen define que os profetas do Antigo Testamento eram pregadores, referindo-se as mensagens de Noé, Moisés, Josué, Davi, etc, presumindo-se que essas formas de comunicação que eles tinham com seu povo concluiam-se em sermões. Assim também foi com João Batista no Novo Testamento, preparando a vinda do que é a Luz, posteriormente Paulo, notando-se a diferença entre os outros pregadores.
A diferença entre as pregações de Paulo para os outros era que ele sabia como adaptar suas ministrações de acordo com os tipos diferentes a sua platéia, o perigo em mantermos essa linha de sermão atualmente é oferecer uma mensagem tipicamente fundamentalista e ortodoxa em função das doutrinas da igreja, tornando as pessoas mais religiosas do que Cristãs, consequentemente substituindo o valor da mensagem descrita como recitado pelo autor “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas” (Mc 16:15) que visa o mantimento da idealização de Jesus Cristo.
Por esse motivo concordo quando o autor diz que o desvio prático de nossa posição sobre a autoridade da Bíblia para pregação pode ser claramente visto na obra recente de David G. Buttric, intitulada de homiletic, ele faz duras críticas ao pietismo, ao decisionismo, conversionismo, personalismo e ao fundamentalismo, isso afasta claramente o movimento da “história da salvação” e da concepção de sermões. Cuidados devemos tomar para que a pregação seja rica em discernimento e sua eloquência dos textos aplicados, utilizando-se de alguns tipos de sermões que podem ser apresentados da forma de sermão tópico, sermão tópico textual, sermão textual e sermão expositivo.